quarta-feira, 27 de março de 2013

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DA ABRAÇO REPÚDIA O GOVERNO FEDERAL



Abraço Nacional faz repúdio ao descumprimento do Governo Federal com as Rádios Comunitárias
Representantes da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço) em todo país, estiveram reunidos no dia 22 e 23 de março em Brasília, para a assembleia geral ordinária da entidade. Os coordenadores das estudais deliberaram repudiar o descumprimento do Governo Federal de cinco acordos firmados para reformulação da legislação das rádios comunitárias. A Abraço entende que as emissoras fortaleceriam o serviço de promoção do desenvolvimento local, da cidadania e da diversidade cultural.

Em junho de 2011, foi formada a Comissão de Negociação, por representantes da Abraço Nacional e do Ministério das Comunicações. Sendo pactuados dois estágios para a reformulação legislação: revisão do Decreto 2.615 que regulamenta a Lei 9.612 e, em seguida, a revisão geral da Lei. Para isso, o Ministério das Comunicações abriu consulta pública a fim de alterar a Norma 001/04 que trata sobre apoio cultural, raio de atuação, entre outros. Nenhuma das propostas da Abraço Nacional foi acatada, resultando na Portaria 462, publicada em outubro de 2011, que restringiu o conceito de apoio cultural, agravando ainda mais a situação de sustentabilidade das emissoras;

Em novembro de 2011, foi realizada uma renegociação junto ao Ministério das Comunicações pela revogação da Portaria que gerou o novo acordo para fazer a reformulação da legislação em três etapas. Primeiro, o Governo comprometeu-se em publicar um decreto específico, ampliando os critérios de apoio cultural, para anular os efeitos da Portaria 462. Segundo, publicaria um novo decreto regulamentando a Lei 9.612, melhorando sua interpretação e estabelecendo conceitos mais claros sobre pequenas localidades, abrangência de participação das comunidades dos municípios, dentre outros. Terceiro, um Projeto de Lei do Executivo que alteraria a Lei 9.612, possibilitando o aumento de potência, o número de canais, a proteção legal, financiamento público, entre outras.

O texto do decreto específico foi construído, em janeiro de 2012, junto ao Ministério das Comunicações, sendo enviado para a Casa Civil que alegou a necessidade de um parecer do primeiro que negou ter recebido essa solicitação. Depois de 20 meses sem o Governo cumprir nenhum dos compromissos firmados com as rádios comunitárias, as negociações foram interrompidas com declarações do ministro das comunicações Paulo Bernardo, de que a regulamentação da comunicação não é uma prioridade para o Governo e do secretário executivo do Ministério das Comunicações César Alvarez, que o assunto não é digerível em ano eleitoral.

Estes motivos fizeram com que a Abraço Nacional expressasse o seu repúdio ao descumprimento dos diversos acordos firmados pelo Governo Federal para reformulação da legislação das rádios comunitárias. A associação exige a imediata publicação do Decreto que se encontra na Casa Civil e, em seguida, a reabertura das negociações.

Fonte e texto: Abraço Nacional
Da redação: abraço-RO

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