Ao menos nove crimes nos quais há
suspeitas e/ou indícios de retaliação ao exercício profissional continuam sem
solução.
Na noite do último dia 4 de novembro do ano passado o
radialista Edmilson dos Cachinhos foi morto dentro do estúdio da Rádio Princesa
FM no município de Itabaiana em Sergipe, enquanto trabalhava. No momento do
ataque, Edmilson estava sozinho na emissora, que não tinha sequer vigilância.
Em julho também no mesmo ano, Valério Luiz de Oliveira da
Rádio jornal AM em Goiânia, foi também assassinado em frente da emissora onde
trabalhava com sete tiros.
Em janeiro deste ano, Laércio de Souza, da Radio Sucesso de Camaçari,
na cidade de Simões Filho, região metropolitana de Salvador (BA) foi surpreendido
por vários disparos de tiros contra a sua pessoa também enquanto trabalhava em
um terreno de sua propriedade. Atingido por três tiros e morreu no local.
Somente no ano passado sete radialistas foram assassinados em
condições que despertam suspeitas de vinculação do crime com o exercício
profissional desses comunicadores.
O prolongamento das investigações e, por fim, a impunidade
são comuns em assassinatos de profissionais de comunicação no Brasil.
Pesquisa feita pela organização norteamericana Comitê para a
Proteção dos jornalistas (CPJ) aponta que 70% dos casos de assassinato entre
1992 e 2012 no Brasil permanecem impunes. Resultado este que coloca o Brasil no
11º lugar entre aqueles onde é maior a impunidade em crimes contra
profissionais da imprensa. Segundo a mesma pesquisa, a maior parte das vítimas
são profissionais que denunciaram casos de corrupção. (Levantamento feito pela
FITERT)
Fonte: Revista da FITERT –
Federação dos Radialistas.
Autor: Luciana Araújo e
Túlio Buccioni
Da redação: Abraço RO.
(Edmilson Costa)
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